domingo, 11 de dezembro de 2011

O Mar da Vida

Se do pão da vida
Só nos resta desfrutar as escondidas
as cores, as luzes e os amores
E se de todas as saídas
Só nos resta encontrar novas portas para entrar
Mesmo que desconhecidas

Melhor é entrar no mar do acaso
E não mais se contentar
apenas com sua brisa.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Meus Eus

Vi a face cansada novamente resplandecer
em brilho singular de felicidade
Foi de encontro a vida!
E deu a mente, novamente liberdade

E nesse encontro de alguns de meus diversos eus
Pude caminhar e me ver caminhar
Sabendo que sou eterno caçador de mim
E que todo fim
É apenas um novo eu criar

domingo, 27 de novembro de 2011

Salto

Salto rumo ao desconhecido
Tentando enxergar o lado oposto
Para que da vida
sinta novamente o gosto

Trago bagagem
Ainda que tenha deixado coisas no caminho
Pois mesmo entre os espinhos
Soube admirar as flores

E hoje
Mergulho no incerto
Sabendo que para traçar um caminho
É preciso antes soltar as amarras e se permitir caminhar.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Perdoem-me

Perdoem minha fraqueza
Por me deixar vencer
Perdoem-me o cansaço
Por tudo que não fiz valer

Perdoem-me achar que tenho asas
Querer ir para o mundo
Perdoem minhas falhas
Pelas coisas que ainda confundo

Perdoem minha conduta
Por vezes alegre de mais
Perdoem minha tristeza
As coisas que deixei para traz

Perdoem meu ódio
Por vezes dominador
Perdoem minha paz
Mesmo quando havia dor

Perdoem meus surtos
Pela cultura humana
Perdoem minha sanidade
Cada vez mais insana

Perdoem minha revolta
Minha agressividade
Perdoem minha contradição
Minha atitude covarde

Perdoem minha fuga
Meu medo, minha decepção
Perdoem a falta de esperança
Por perder minha ilusão

Perdoem-me por lhes fazer chorar
Por ser tão frio
Perdoem-me não me conformar
Com o rumo sombrio

Perdoem-me as idas e vindas
As futilidades
Perdoem-me as promessas
As promiscuidades

Perdoem-me por aqui perdir perdão
Por tentar de novo
Esperando não ser em vão

terça-feira, 21 de junho de 2011

Eis a questão!


Será que o mundo a nós pertence
e é válida toda devastação?
Se somos os inteligentes
Porque há entre nós a exploração?
Se caminhamos para o progresso
Porque não há tal sensação?
E se sucumbir o homem
Morrerá também a hiena, o macaco ou leão?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eu é que não quero ser rico!

Eu é que não quero ser rico!

Eles diz que nóis se droga
Mas quem toma aqueles tarja preta num é nóis não!
Nem que nóis quisesse!
Pobre num tem dinheiro pra essas coisa não!

Eles diz que dinheiro traz liberdade
Que com ele podemo faze o que quize
Mas eles vive vigiado por câmera e um monte de segurança
Eu é que não quero ser livre assim não!

Eles diz que nóis somo tudo ladrão
Mas enquanto nóis “trabáia” o dia todo pra ganha quase nada
Eles tão por ai esbanjando a vida boa que nóis
Isso mesmo, nóis proporciona pra eles!
Sendo assim acho que os ladrão num é nóis não!

Fala que vida que eles leva deixa eles feliz
Mas já reparou como rico vive tendo depressão?
Nóis num tem tempo pra isso não!

Eles nem anda sozinho na rua
Só porque tem medo de pobre
Mas convive com tanto ladrão de terno e gravata!

Nóis não!
Nóis faz festa até o dia clarea
Nóis num tem dinheiro nem mansão mas tem alegria
Não temo medo da luta
Nem de mostra nossas poesia
Nóis também faz arte sabia?

Por isso eu é que num quero ser rico
Porque de gente ruim, chata e que leva vida uma vazia o mundo já tá cheio.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Verso Versátil

Na ginga da palavra rimada
No ritimo da frase cantada
A poesia se inicia, e se acaba
Mas se eterniza
Chegou aos ouvidos, atingiu a mente e o coração.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Meu Grito

Meu grito hoje é em silêncio
Carregado de canseira e enfado

Dai-me um gole de vida!
Pois já não posso mais suportar ver palanques repletos de almas vazias
Me pergunto se mesmo Deus irá me encontrar nos escombros de minha esperança
Que entre batalhas partiu para o mais profundo abismo

Liberdade, onde estas?
Onde se esconde em meio a essa terra de vermes destruidores?
LIberdade, onde estas?
Já não há mais lagrimas para chorar
Já não há mais risos para sorrir
A vida naufragou entre a ganância, a mentira e a injustiça
E me afogando em medo vejo a luz cada vez mais distante
Liberdade, onde estas?
Talvez tenha partido em silêncio
Para que não fosse comprada com toda luxuria
Talvez tenha partido por não suportar as injurias
Para que não seja como meu grito, apenas uma vaga lembrança
Utópica esperança de um novo amanhecer
Liberto da chaga desse labirinto de vidas vazias

Liberdade...um dia ainda ei de encontrá-la
Então quebrarei todas as algemas!
Encontrarei novamente a vida
E não mais serei um prisioneiro de meu grito reprimido que aqui jaz
Que não descansa pois ainda não encontrou paz.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Entre a Vida e Eu



Ante a cama, a mesa do bar e as luzes da cidade
estou eu...
Vagando, buscando sem buscar
Em movimentos quase involuntários
que insistem em me levar não sei aonde
Em tormentas diárias que de mim me esconde

Tingindo a vida com uma tristeza opaca
Os dias se iniciam como apenas lembrança
O riso é apenas desespero
É o vazio
Transforma a oportunidade no inverno da esperança

A vida persevera em novamente derrubar-me
E não importa onde piso
Maior que eu é a queda !
Pois nem toda pedra me fez prevê-la
Nem todos os tombos me fizeram entende-la
E mais uma vez ela atinge o que de mais precioso há!

O coração...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

(Re) aprender




Não julgo a vida pelo tempo
Não sei mais ou menos
Não carrego maior vivência
Nem estou melhor preparado por causa dele

Pois há o novo que já nasce velho
Há o velho que não viveu
E há os que vivem por toda existência
Mas independente disso
Nunca se está preparado para o amanha
Pois a novidade insiste em nos demover de nossa prepotência.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Senhoras e Senhores!

Informo a todos que assumo a culpa!
Fui eu quem destruí a natureza
Inventei o dinheiro, as máquinas
Sou eu dono de maior egoísmo
Inventei o racismo e as suásticas
Criei a religião, matei apenas para me satisfazer
Sou eu o manipulador das palavras
Sou eu que sempre tenho uma mentira a dizer
Sou eu causador do desequilíbrio
E ainda me julgo o” único pensante”
Sou eu que crio heróis e vilões
E assim coloco mais troféus na instante
Sou eu o intruso, mas me julgo superior de mais para isso assumir
Não aceito a diferença, mas não quero a igualdade
Por isso informo-lhes antes de sucumbir

Não desejo mais ser humano
Quero voltar a ser apenas um macaco
Que ao invés de destruir pensando em como viver melhor

APENAS VIVE.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Despertar

A vida da, a vida tira
Mostra, e tapa a visão
A vida derruba, a vida levanta
Traz a dor, o amor a alegria e o perdão

A vida machuca, arranha
Foge do controle sem notar
A vida é noite louca, serena manhã
Segue sem nunca esperar

A vida vira as costas, estende a mão
Prega peças, nos da lições
A vida é pássaro, a vida é pedra
É nossa liberdade, e nossos grilhões

A vida é corda bamba é o fio da navalha
É suspense, frio na barriga, emoção
A vida é doce, é amarga
contradiz nossa razão

A vida é cinema
Cômica, trágica, é amável
A vida é fantasia
É desejo incontrolável

A vida cobra atitudes
Traz o medo a insegurança
A vida é insanidade supostamente sã
Paradoxo entre a duvida e a confiança

A vida é jogo intenso
Derrotas e vitórias
A vida é roleta russa
Onde habitam sonhos, esperanças e memórias

A vida é poesia, é viagem
É musica, é boemia
A vida sono profundo, é despertar
Para a aurora do novo dia.